quinta-feira, 28 de março de 2013

Capitães da Areia, vida nas ruas da Bahia.

"A liberdade é como o sol, é o bem maior do mundo" -Jorge Amado, Capitães da Areia




Para quem procura: visão social


Gênero: romance modernista


Publicação: 1937


Autor: Jorge Amado







Ultimamente não tenho tido tempo de postar porque estou na loucura do último ano do ensino médio com provas e vestibular por vir, mas resolvi unir o útil ao agradável neste post. Este ano vou prestar Fuvest e para quem não sabe, existe uma lista de livros para se ler para a prova, e foi assim que comecei a ler Capitães da Areia, de Jorge Amado.

Confesso que comecei a ler por pura obrigação e esperava um livro super chato do tipo O Crime do Padre Amaro ( desculpem-me os amantes de literatura) mas me surpreendi com a história tocante e realista do livro, tanto que achei que merecia uma indicação. 

O livro conta a história de meninos órfãos que sobrevivem de pequenos furtos pelas ruas da Bahia. Eles são conhecidos como Capitães da Areia, pois vivem em um trapiche à beira-mar e são considerados verdadeiros criminosos pela polícia da cidade que está sempre tentando mandá-los para o terrível reformatório. 

A narrativa foca na história do grupo em si e suas aventuras pelas ruas da Bahia dando destaque para alguns personagens como Pedro Bala, o líder do bando, Sem-Pernas, Professor, Boa-Vida, Gato. Cada menino tem uma história marcante e eles encontram no grupo de órfãos a família que nunca tiveram.

O que achei mais interessante no livro é que embora sejam considerados ladrões e marginais pela polícia e pela própria população, os Capitães na verdade são apenas vítimas das circunstâncias, eles não têm família e recorrem ao crime como única maneira de sobrevivência. Você percebe no decorrer do livro que embora vivam como homens, roubando, fumando e derrubando negrinhas no areal, no fundo eles são apenas crianças que querem carinho e atenção e tem sonhos como todo mundo.

Enfim, o livro é muito legal, me fez rir, me fez chorar e me fez refletir sobre a dura realidade de crianças abandonadas que tem que abrir caminho na vida com as próprias forças, o que acontece até hoje.

Portanto, se você for prestar Fuvest este ano, não deixe de ler Capitães da Areia e se você não for prestar, leia mesmo assim!

Um comentário:

  1. Eu tenho aqui em casa a coleção de Jorge Amado, mas nunca realmente tive vontade de pegar um pra ler rs... o que cheguei mais perto foi Dona Flor e seus dois maridos! Mas vou tentar, deve ser mesmo bom...
    Ótimo post! E boa sorte!

    www.i-tudo-i-tudo.blogspot.com

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